MUG E LÍNGUA OUTRA VEZ - PARTE 1
Não, eu não estou de volta (pelo menos ainda) ao quase famoso grupo Língua de Trapo (embora, sim, eu esteja de volta à equipe do programa Rádio Matraca desde julho). Eu estou envolvido é com a Revista Língua, da editora paulistana Segmento.
Há alguns meses a revista me entrevistou para uma reportagem sobre música sertaneja, e acabo de tornar-me colaborador, na edição especial anual Música & Linguagem, que já deve ter chegado às bancas. Esta edição inclui, além de mim, colaboradores como Flávia Perin, Luiz Tatit, Ivã Carlos Lopes e Bráulio Tavares, e o resultado é um estudo bem abrangente sobre os vários tipos de letras da música brasileira, da canção infantil ao rap, do rock ao caipira, do tropicalismo à música nordestina, além de estudos sobre música e escolas (dos mais oportunos, dada a volta da música como matéria do ensino básico brasileiro), erros que dão certo (como a conjugação "premeia" criada por Cartola no samba "Fiz Por Você O Que Pude" - se Houaiss podia modificar o idioma como lhe aprouvesse, por que Cartola, com todo seu talento, não podia também?) e os famigerados "virunduns".