SEU NOME EM LENDA SE TORNOU: CARLOS GONZAGA (1924/2023)
Mesmo muito antes de falecer em 25 de agosto, o cantor e compositor Carlos Gonzaga já merecia lembrança e homenagens. Até onde sei, ele é uma das grandes personalidades do rock brasileiro que ainda não têm pelo menos um livro sobre ele; aqui fica, pois, a sugestão, e saibam quantos e quantas este blogue virem que me proponho a colaborar pelo menos com a discografia e com algumas observações como as que se seguem. Sim, muita coisa escrita por aí sobre Carlos Gonzaga (inclusive a Folha de S. Paulo afirmou que sua carreira começou com a versão de "Diana"!) faz lembrar o bordão da locutora Renata Silveira: “Olha o chutiiii!” (Sim, teremos também um pouco a dizer e ouvir sobre CG e futebol.)
NA VELHA MINAS ELE NASCEU...
Nascido em 10/2/1924, Carlos Gonzaga viveu até os 99 anos e sete meses, caso raro de tamanha longevidade no rock - e também prova de que rock não é "coisa de jovem" e não tem idade, pois ao se tornar grande sucesso com "Diana" ele já tinha 34 anos (e era mais velho que Elvis Presley e Chuck Berry!). Desde o século 20 os dois maiores centros de produção e divulgação de cultura de massa no Brasil são as cidades de Rio de Janeiro e São Paulo, e Carlos Gonzaga, mineiro de Paraisópolis, começou a se projetar em Sampa, a ponto de constar em muitas reportagens de diversas publicações como “cantor paulista”...
E o que Carlos Gonzaga tem a ver com o artista
inglês David Bowie (além de ambos terem feito muito sucesso na gravadora RCA)?
Ambos mudaram de nome para evitarem confusão com artistas homônimos que
alcançaram antes o sucesso. No caso do “Camaleão”, nascido David Jones, o
“culpado” foi Davy Jones, o simpático baixinho sorridente dos Monkees; já o
cidadão José Gonzaga Ferreira tornou-se Carlos Gonzaga ainda em 1954, com cada
vez mais reportagens combinando elogios com o alerta “não confundir com o
cantor e acordeonista pernambucano Zé Gonzaga (1921/2002)”, inclusive irmão dos
também sanfoneiros Luiz Gonzaga e Severino Januário. Por sinal, CG pode ser
também considerado precursor dos muitos Carlos da jovem guarda. (Afinal, a
jovem guarda começou quando o rock ganhou jeitão brasileiro, com cada vez mais repertorio
composto no Brasil, justamente em 1958, embora o rotulo “jovem guarda” tenha
surgido nos anos 1960 e o programa de TV desse nome tenha durado de 1965 a
1968).
Mas Carlos Gonzaga chegou a gravar com o nome José Gonzaga: um 78 RPM independente no selo Gravação Especial, a famosa série de discos independentes da gravadora Continental, lançado em 1952 e trazendo dois sambas-canções do maestro e compositor Enzo Barile (italiano então residindo no Brasil): "Rei Da Voz", parceria com Hélio Tis (e homenagem ao recentemente falecido Francisco Alves) e "Junto De Ti", composto com Ciro Grossi. (Clique nos titulos para ouvir, e agradeço a Rafael Nespolo e Gilberto Inacio Gonçalves.)
NÃO
TE ESQUEÇAS, MAS ANTES APRENDAS, MEU AMOR
A página Discogs é boa, mas é sempre bom verificar alguns detalhes. Segundo ela, o primeiro disco de Carlos Gonzaga foi um 78 RPM para o pequeno selo Moema com “Cabocla Morena” e “Milagre De Santo Antônio”, lançado em 1950. Só que, como vimos mais acima, CG adotou este nome artístico em 1954. Portanto, de duas uma: ou este Carlos Gonzaga é um homônimo ou a data não é 1950 e sim de 1954 em diante. Algumas hemerotecadas revelam que o disco saiu em 1955, provavelmente em março, data da notícia que encontrei. (1)
Aqui se pode ouvir "Cabocla Morena" e "Milagre De Santo Antonio", clicando nos títulos (com agradecimentos a Ernando Vieira pela localização e cessão do disco).
“Cabocla Morena”, ou “Cabocla Bonita” conforme este jornal (2), tinha pedigri: seu co-autor, o paulistano Arlindo Pinto, emplacara sucessos como “Chalana” e “Segue Teu Caminho” (3). "Milagre De Santo Antônio" também tem autoria ilustre: Lidio de Mello, Rafael Gusman e Osvaldo Aude, autores, juntos ou separados, de sucessos como "Hino A São Paulo" e "Rosinha" (esta gravada por Roberto Carlos). Mas este disco, apesar da (hoje aparentemente) mínima repercussão, parece ter ajudado Carlos Gonzaga a ser notado pela gravadora RCA, que não perdeu tempo: seu primeiro disco na nova casa foi gravado em junho de 1955 e lançado no outubro seguinte. (4), com uma versão do clássico da guarânia “Anahi” e um tango, “Perdão de Nossa Senhora”; certamente, o bom cristão Carlos Gonzaga repetiu o procedimento de seu disco na gravadora Moema, cujo lado-B era a valsinha “Milagre de Santo Antônio”.
ONLY YOU PODE FAZER-ME FELIZ
Com toda a certeza, além de um livro, Carlos Gonzaga merece uma coletânea de toda a sua carreira, pelo menos três CDs com 20 ou mais faixas cada, de todas as gravadoras por onde passou (lembro-me agora de que elas incluem a Philips, Polydisc e Mickael), como prova de que ele foi bom cantor e, apesar de primeiro ídolo negro do rock brasileiro (logo em seguida surgiriam os Golden Boys e Baby Santiago), não cantava somente rock. Seu repertorio faz crer que suas maiores predileções pessoais eram ritmos brasileiros; pena ele não ter conseguido (ou tentado) o mesmo feito de sua conterrânea Wanderléa, que, estereotipada no inconsciente coletivo como “cantora da jovem guarda”, gravou em 2022 (pelo selo SESC) o (altamente recomendável) CD Wanderléa Canta Choros, como acerto de contas com o passado, e mostrando que a fase “Ternurinha” representava apenas uma fração de seu potencial. Suponho que Carlos Gonzaga gostaria de ter feito pelo menos um álbum inteiramente de sambas, guarânias e outros ritmos que não fossem aquelas versões de Anka, Sedaka, Elvis e outros colegas estrangeiros da RCA (5). Mas, pelo menos, a RCA permitia que quase todos os lados-B dos avulsos trouxessem canções em ritmos brasileiros ou rocks compostos no Brasil.
Talvez
a menos boa gravação de Carlos Gonzaga seja justamente “Oh! Carol”. Ele, como
lembramos, era bom cantor, e seu timbre e energia me sugerem um Agnaldo Timóteo
mais jovial, mas geralmente mais adequado a gêneros brasileiros; seu dueto
consigo mesmo em “Oh! Carol” pode ser considerado percursor do breganejo,
inclusive pela sofrência da letra (por sinal, a letra original de Howard
Greenfield também é uma sofrência só). E a crítica musical, por estas amostras,
também não gostou. Cantando “Louco
Amor” ele, segundo a revista Radiolândia, “nos parece mais um gago do que
propriamente um cantor”. Se gravações como “Oh! Carol” pressagiam o breganejo e
os versos “only you pode fazer-me feliz/only you é tudo aquilo que eu quis”
anteciparam-se ao idioma portinglês falado no Brasil no século 21 (“ganhe cashback”, “onda
de hate” e por aí vai), “Falta Você”, composição de Sérgio Reis gravada em
1966, anuncia o brega – mas seu lado-B mostra um Carlos Gonzaga atento para
novidades em um arranjo iê-iê-iê/pilantragem do bolero “Maria Elena” de Lorenzo
Barcelata.
O gosto de Carlos Gonzaga por música sertaneja e a ambição comercial da RCA encontraram um belo meio-termo na música sertaneja estadunidense, ou seja, a country music, a partir da gravação de “Eu Canto Assim” e, em seguida, do tema do seriado de televisão Bat Masterson e belas versões como “Os Cavaleiros Do Céu” e “Vale Do Rio Vermelho”.
LAMENTOS E ALEGRIAS DE UM CABOCLINHO
Mesmo após se notabilizar como cantor de rock em 1958, Carlos Gonzaga continuou gravando ritmos brasileiros. Algumas marchinhas carnavalescas que gravou merecem um parágrafo à parte.
Algumas das marchas carnavalescas lançadas por CG
fizeram muito sucesso e até se tornaram clássicos da MPB. Muitas marchinhas,
soltas por salões e ruas afora, fazem tanto sucesso que, além de se tornarem clássicos
da MPB, entram para o inconsciente coletivo e quase ninguém se lembra de quem
as lançou. (Quantas pessoas se lembram de que, por exemplo, foi Jorge Goulart
quem lançou “Cabeleira Do Zezé”, idem Marlene e “Roubaram A Mulher Do Rui”, ou
os Quatro Ases E Um Coringa e “É Com Esse Que Eu Vou”?) Carlos Gonzaga tem pelo
menos um exemplo assim, “Coração De Jacaré”, lançada em 1968 e onde seus
autores J. Nunes e Dom Jorge transformam a novidade dos transplantes de coração
em piada de sogra.
Outro exemplo é “Me Leva Pra Casa, Me Leva”, composto pela cantora Neyde Fraga em parceria com Domingos Paulo e Jotagê e lançado em 1974, e uma literal carnavalização do hit brega desse mesmo ano “Cada Dia Que Passa”, composto por Cacá e Levy e cantado por Luiz Carlos Clay.
“Tomara Que Caia”, de Palmeira (sim, o grande compositor e produtor de discos (8) e J. M. Alves, lançada em 1956 e sucesso no carnaval desse ano, não se limita à insinuação sexual sugerida pelo título e tem uma letra inteligente; até se perdoa a pronuncia “tomará”.
Podemos dizer o mesmo de “Comendo De Colher”, de Henrique de Almeida e José Roy e lançada em 1961; quem espera a óbvia rima com “mulher” ficará agradavelmente decepcionado(a).
Outras são notáveis mais pela curiosidade que por
qualidade musical. Um exemplo é “Marcha Da Torcida”, da já famosa dupla J. Nunes
e Dom Jorge, lançada em 1969 como faixa de abertura do LP Carnaval 70 da RCA. À
primeira vista, a canção parece se referir à iminente Copa do Mundo; mas uma audição
(por sinal, quantas pessoas ouvem as gravações sobre as quais comentam?) sugere
que o tema é futebol doméstico, a não ser que o vocativo “alô, amigos” seja alusão
muito sutil ao México, local da Copa de 1970, remetendo ao famoso desenho
animado da Disney de 1942, Alô, Amigos! (originalmente intitulado Saludos, Amigos!). Confiram
a letra na integra:
Olelê, olelê, olalá
O meu time vai botar pra quebrar
Um, dois, três
Um, dois, três
Alô, amigos, seu time é freguês
“No Fundo Do Pito”, marcha da famosa e já mencionada dupla Palmeira e J. M. Alves, além de composição interessante, tem a distinção de estar no primeiro LP brasileiro de 12 polegadas da RCA, Carnaval RCA Victor, lançado em janeiro de 1957. Mas na época houve quem comentasse que o sucesso da composição dependia de quantas pessoas soubessem o que significava a expressão “no fundo do pito”...
Outra marchinha gravada por Carlos Gonzaga e que dependia muito da capacidade de captar sutilezas tem a ver com futebol, mas infelizmente apenas no titulo, “Córintia Ó Mengo!!! (Teste São Tomé)”, composta por Jotagê, Julio Carlos e B. Barrella em 1971 e que levou muita gente alvinegra e rubro-negra a ficar cinza de decepção ao ver que a marchinha era uma versão muito sutil ou pouco pensada de marchinhas de duplo sentido como “Cabeleira Do Zezé” ou “Vai Ver Que É”: “Pelo sim ou pelo não/eu vou pagar pra ver/Será que ele é? Será que ele não é? Eu vou fazer o teste São Tomé/Pra ver se é ou se não é/eu vou fazer o teste São Tomé.” (Não me perguntem como seria esse teste...)
Carlos Gonzaga, ao contrário do mencionado conterrâneo Agnaldo Timóteo, era apolítico, mas não escapou de gravar coisas como “A MarchaDo General”, dos já citados elementos J. Carlos e Jotagê, lançada em 1973 e cuja letra na integra diz, inclusive cooptando o jingle de um inocente analgésico: “General, general/é melhor e não faz mal/mas que beleza/é a minha terra/tem amor e paz/e não existe guerra”.
Mas em 1968 ele mandou o frevo tropicalista e existencialista “É Proibido”
(de Elzo Augusto, Gentil Castro e Dom Jorge): “é proibido proibir/o que tiver
que vir/deixe vir, deixe vir.”
PEQUENA AMOSTRA DE GRANDES ENCONTROS
Carlos Gonzaga cantou o único rock que conheço do não roqueiro Adoniran Barbosa, "Vem, Amor", lançada no LP O Cantor Hit-Parade em 1962 e composta em parceria com Geraldo Blota (sim, autor, com Joseval Peixoto, da marchinha "Ói Nóis Aqui Tra Veis", a melhor canção de Adoniran que ele não compôs).
No ano anterior, 1961, Carlos Gonzaga ganhou uma
ilustre colega de gravadora: a escritora Carolina Maria de Jesus (6),
revelando-se como compositora inspirada e versátil de sambas, marchas,
toadas-baiões, valsinhas e outros ritmos brasileiros e cantora eficiente; em
setembro desse ano ela lançou na RCA um LP com o mesmo título de seu primeiro e
mais famoso livro, Quarto De Despejo; os únicos defeitos desse álbum são ter
sido o único registro fonográfico de Carolina e não mencionar quem nele tocou
além do arranjador Chiquinho de Moraes. A Revista do Rádio noticiou que Carlos
Gonzaga gravou uma composição de Carolina, mas este que vos escreve não
encontrou tal gravação; talvez alguém na gravadora ou na revista tenha
confundido as informações, embora o disco inclua um coral masculino (os
Titulares do Ritmo?) e vozes que talvez incluam seu colega e conterrâneo.
Revista do Rádio, 2 de setembro de 1961
Outro dueto bem promissor que, pelo jeito, a RCA
tentou mas não conseguiu armar foi de Carlos Gonzaga e a cantora Alaíde Costa,
que começou a discografia gravando sambas-canções, boleros e bossa-nova de 1957
a 1961. (Não entendi o aposto “El Presidente”, mas sei que na foto Alaide e CG
estão com Aerton Perlingeiro, aquele do programa Almoço Com As Estrelas, e a
legenda cita Ramalho Neto, ...)
Radiolândia, 27 de junho de 1959
Mas uma cantora da RCA com quem realmente Carlos
Gonzaga compartilhou uma canção foi Cinderela, embora compartilhando apenas
como repertório. Explicarei. Ele e ela gravaram “You Are My Destiny”, sucesso
de Paul Anka, só que CG trouxe mais uma daquelas versões de Fred Jorge, “Você é
Meu Destino”, e ela gravou em inglês mesmo, só que na RGE; os dois 78s saíram quase
juntos, o dele em junho de 1958 e o dela em julho. (7)
Radiolândia, 20 de novembro de 1954
Lembremos também que Carlos Gonzaga gravou composições de Ivan Pires ("Lamento De Um Caboclinho"), Artulio Reis ("E Eu Chorei (Sniff)") e pelo menos duas versões feitas por Mario Albanese, "Rapaz Do Banjo" ("Banjo Boy") e "O Tangaço" ("Il Tangaccio").
NÃO PODE SER O FINAL
Uma de suas ultimas gravações foi um compacto com duas versões: “Recordações”, versão de “Living Alone” dos Everly Brothers, e “O Teu Amor”, versão de “Shine On”, sucesso da banda estadunidense LTD, lançado pelo selo Mickael em 1981; o disco foi produzido por Mickael, ex-cantor dos anos 1970 e um dos fundadores da empresa MCK de duplicação de CDs.
Algumas das versões que ele gravou podem ser conferidas aqui. E encerramos este breve apanhado deixando este belo texto sobre Carlos Gonzaga do blogue Brazilian Rock de Carlos Maximus.
Notas:
(1) Parece que a única publicação a ter dado atenção à gravadora Moema (situada no Cambuci, embora o nome sugerisse o vizinho bairro de Moema) foi o jornal O Governador. “Amargurado” é sucesso de Carlos Gardel em versão da dupla Brinquinho e Brioso, e este disco tem numero de catalogo 5002, denotando que estranheza pelo disco ser de cor branca, fugindo do já tradicional preto em discos não infantis, mostra que a gravadora Moema foi vanguardista, antecipando o atual fascínio por LPs coloridos. (E pelo menos um disco da Moema tem acompanhamento instrumental regido por Enzo Barile, o mesmo autor e regente do unico disco de Carlos Gonzaga com o nome José.)
(2) O jornal O Governador foi uma espécie de sucessor de Bom Humor, importante revista humorística dos anos 1940, cuja equipe incluiu Pagano Sobrinho, Walter Forster e Zé Fidelis.
(3) “Cabocla Morena”, de Arlindo Pinto, foi gravada também por Nardo e Nardinho pelo menos três vezes, num 78 RPM no selo Caboclo da Continental, num compacto duplo na gravadora RCB Barretos e abrindo o LP A Paz No Mundo (Ipanema Discos, 1995) – se bem que ainda não tive acesso à gravação de Carlos Gonzaga para verificar se é a mesma canção ou outra com o mesmo título.
(4) Falamos sobre Carlos Gonzaga ter sido precursor dos muitos Carlos da jovem guarda. E este prenome parece ter sido muito apreciado pela gravadora RCA, que também lançou discos de Carlos Galhardo, Francisco Carlos e Carlos Nobre.
(5) O próprio Elvis, na segunda metade dos anos 1950 e nos anos 1960, foi tratado pela matriz da RCA como galinha-dos-ovos-de-ouro, podendo escolher muito pouco de seu repertorio e quase sempre à mercê da gravadora e do empresário...
(6) Citámos Adoniran e Carolina; pois bem, ela foi homenageada por ele no hoje injustamente obscuro samba “Carolina”, parceria com Marcos Cesar (redator da TV Record e parceiro de Adoniran em outras composições), lançada pelo ainda mais obscuro grupo Sambaquatro em 1967.
(7) Cinderela (nascida Luiza Trevisan em 1930) era vedete, garota-propaganda e até cantora, e ela entrou para o livro que estou escrevendo sobre a Disney e a música brasileira devido a seu nome artístico ter sido inspirado na adaptação disneyana da famosa história infantil.
(8) Diogo Mulero, dito Palmeira, foi importante para toda a MPB, inclusive a música sertaneja, e vale lembrarmos o livro Palmeira, O Caipira Genial Que Mudou A Música Sertaneja de Danilo Daros e Walter de Sousa, edição independente de 2022.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home