RAÍZES (MESMO!) DO BRITPOP
Sou o tipo do fã pesquisador, que gosta de conhecer "os heróis de seus heróis". Neste caso específico, aqui vai uma pequena festa para quem, como eu, admira Lennon & McCartney, Ray Davies, Pete Townshend, Morrissey & Marr e outros que, por sua vez, nem precisavam demonstrar verbalmente serem fãs de seus antecessores renascentistas.
Pode reparar: não faltam elogios a "composições elizabetanas" dos Beatles, Kinks, Stones e outros - sem falar que os chamados "power-chords" (formados só pela tônica e quinta) surgiram naquela época. Bem, sem mais delongas (ou, se preferirem, "without further ado"), aqui vai um LP de 1952, Purcell-Dowland Recital, com canções de dois grandes mestres dos mestres, Henry Purcell (1659?/1695) e John Dowland (1563/1626). Quem canta é o barítono estadunidense John Langstaff (1920/2005), acompanhado por Herman Chessid ao cravo e David Soyer ao violoncelo. O repertório é:
PURCELL-DOWLAND RECITAL
PURCELL SONGS
1. Music for a while (da ópera Oedipus Rex)
2. I'll sail upon the Dog-star (letra de Thomas D'Urfey adaptada da comédia Fools' Preferment de John Fletcher)
3. The Knotting Song
4. Strike the viol
5. Evening Hymn
6. In Cassum Lesbia
DOWLAND SINGS
7. If floods of teares
8. Fine knacks for Ladies
9. Sweet stay away (poema de John Donne)
10. Say, Love, if ever thou didst find
11. Toss not my soul
12. Weep you no more, sad fountains
13, When Phoebus first did Daphne love
14, Woeful heart with grief oppressed
15, I saw my lady weep
O disco (com capa dupla! Alguém ainda pensava que a moda começou com Beatles For Sale?) saiu por um selo independente com nome dos mais adequados, Renaissance, e foi lançado na Inglaterra pela gravadora Nixa (ancestral da Pye, bem a propósito a mesma de futuros expoentes britpopianos como os Kinks, Donovan, Petula Clark, os Searchers e algumas das primeiras gravações de David Bowie). Perdoem algumas deficiências sonoras que não consegui remover - de qualquer modo, o resultado não ficou nada mau, considerando que o LP, lançado para o grande público em 1948, ainda era tecnologia das mais recentes.
Pode-se baixar o disco aqui.
UM GRUPO REALMENTE DA HORA
Após um ensaio d'A Banda de Tato Fischer (da qual me honro em ser integrante - e teremos show neste Sábado de Aleluia no Villaggio, aqui em São Paulo), ele me comentou sobre o grupo vocal argentino Buenos Aires 8, cujas gravações ele não consegue encontrar nem mesmo na Argentina, para onde vai com freqüência como mágico profissional. Pois o "Homem-Google" aqui (como diz a cantora e nossa amiga e companheira/produtora d'A Banda, Ana Paula Xavier) desenterrou um álbum deste grupo, aquele em que eles interpretam composições de Astor Piazzolla, de 1972. É o tipo do disco que foi lançado aqui e durante décadas foi encontradiço em liquidações mas hoje só quem o viu e ouviu nos anos 1970 se lembra. O disco se intitula Buenos Aires Hora 8, num trocadilho com uma das canções de Piazzolla, "Buenos Aires Hora Cero" - levando muita gente boa, pelo menos aqui no Brasil, a pensar que o grupo se chama Buenos Aires Hora 8.
As faixas são:
1 - Fuga y mistério
2 - Adiós nonino
3 - Lo que vendrá
4 - Buenos Aires Hora 0
5 - Verano porteño
6 - Decarísimo
7 - Milonga del angel
8 - La muerte del angel
9 - La resurrección del angel
10 - Calambre
E tomei este linque emprestado ao blog Los Que No Se Consiguen, visite-o você também: http://losquenoseconsiguen.blogspot.com
Buenos Aires 8 - Buenos Aires Hora 8
http://lix.in/-3579ad