Thursday, March 06, 2008

OS FAMOSOS QUEM - PARTE 1

Sem dúvida uma das mais importantes bandas de rock dos anos 1960, o Who se firmou também graças ao talento de Pete Townshend como compositor. E, como não poderia deixar de ser, logo que empresários & gravadora perceberam isto, trataram de divulgar as composições de Townshend o quanto pudessem – sem falar em muitos roqueiros deste mundo afora que, necessitando de repertório, tiveram no Who uma boa opção.

Vale lembrar que, no mundo como no Brasil, versões de letras estrangeiras no idioma local eram comuns, e muitas vezes os versioneiros locais já faziam muito de respeitar a melodia original. Veja, por exemplo, o grupo italiano I Pooh (o mesmo famoso no Brasil pelo baladão “Tanta Voglia Di Lei”, gravada por Marcio Greyck como “O Mais Importante É O Verdadeiro Amor”), que transformou “La-La-La-Lies” em “Ora Che Cosa Farai”. (Detalhe:antes de esculhambar o Pooh, lembre-se da revista inglesa Record Collector que, ao falar do grupo nos anos 1990, ignorou solenemente que ele tirou o nome do famoso ursinho, utilizando boa parte da reportagem para trocadilhos que pouco fizeram para desmentir a afirmação de Caetano Veloso de que “a imprensa inglesa é a mais suja do mundo”.)

I Pooh - Ora Che Cosa Farai (La-La-La-Lies)

http://www.sendspace.com/file/44h9gm

Da França temos um exemplo de versão livre como um passarinho (sem trocadilho) unida ao personalismo, com o cantor Ronnie Bird gravando “A Legal Matter” como “Ne T’En Fais Pas Pour Ronnie” (“Não Se Preocupe Com Ronnie”)!

Ronnie Bird – Ne T’En Fais Pas Pour Ronnie (A Legal Matter)

http://sharebee.com/e9473422

Mais fiel ao original – e também melhor que a gravação original do Who! – é a versão do grupo canadense Les Gants Blancs para “Call Me Lighting”, intitulada “Dis-Moi Son Nom”; a gravação é de 1968.

Les Gants Blancs - Dis-Moi Son Nom (Call Me Lighting)

http://sharebee.com/1b3d6ab4

Já o grupo indu The Hoochie Coochies contentou-se com uma aproximação da letra de “I’m A Boy”, embora a parte musical tenha ficado boa (incluindo a vocalização dolente e “chorada” tipicamente indu).

The Hoochie Coochies – I’m A Boy

http://sharebee.com/ff828039

O grupo chileno Los Jockers gravou “Run Run Run” num curioso arranjo jovemguardista (e perdoem o solo de guitarra, eles gravaram outros bem melhores);

Los Jockers – Run Run Run

http://sharebee.com/dccf5f16

Dos EUA escolhi uma versão soul, com a cantora Patti Labelle mandando ver “Won’t Get Fooled Again” (com uma ligeira adaptação na letra, “pick up my soul and sing”, já que intérprete soul que se preza impõe a própria interpretação) em 1972. Só achei o contrabaixo meio cheio de notas, mas não atrapalhou.

Labelle – Won’t Get Fooled Again

http://sharebee.com/ca0ef3c1

E do Brasil podemos lembrar o grupo mineiro The Outcasts, que em 1967 gravou uma boa versão garageira-jovemguardista (no melhor sentido) de “My Generation”, com solos de contrabaixo (por Bruce Henry, o mesmo futuro integrante do grupo Soma e dos grupos acompanhantes de Gilberto Gil e outros) e também de bateria.

The Outcasts – My Generation

http://sharebee.com/16d5d5d2

2 Comments:

At 5:47 AM, Blogger Vinícius said...

Cara, muito interessante, a única versão que eu conhecia era a da Patti Labelle

Pena que o sendspace deletou todos os arquivos (com exceção do primeiro). Teria como hospedar novamente?

Valeu

 
At 10:59 AM, Blogger Ayrton Mugnaini Jr. said...

Vinicius, acabo de atualizar os linques, espero que agora funcionem. Um e-abraço.

 

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