“Feliz da pessoa cujo trabalho é seu lazer e vice-versa”, e para mim felicidade – as funções de artista, tradutor, escritor e pesquisador musical – é o que não tem faltado, de modo que cada minha retrospectiva anual tem demorado um pouco mais para ser concluída e publicada. E continuo sendo talvez a única pessoa a publicar retrospectiva de um ano depois que ele termina... Obviamente, alguns dos (muitos e bons) motivos do atraso estarão na minha retrospectiva de 2019.
POR ESTAS E OUTRAS BANDAS
Neste
ano fiz meus últimos shows como integrante da banda The Vintages, dedicada a
pop-rock dos anos 1950 a 1980. Mas a cada porta fechada abrem-se outras, e
tornei-me integrante de três outras bandas, com quem inclusive e honrosamente
tenho feito shows já desde 2018:
TUTTI
QUANTI
Música
italiana e italianada em geral
Marcos
Mamuth – guitarra
Wilson
Rocha e Silva – cavaquinho, violão e vocal
Ayrton
Mugnaini Jr. – contrabaixo e vocal
Giordano
Bruno – percussão
Estreia mundial da Tutti Quanti, em dezembro de 2018, no espaço Vila Itororó
EM
CANTO AMAZÔNICO
Uma
das bandas acompanhantes da cantora paraense Jeanne Darwich
Bráu
Mendonça – guitarra e violão
Ayrton
Mugnaini Jr. – contrabaixo
Jacinto
Kahwage – teclados
Ygor
Saunier – bateria e percussão
GOZI
Banda
de rock liderada pelo casal/dupla Garofalo
Gisele
Garof – vocal
Ozi
Garofalo – violão e vocal
Carlos
- gaita
Ayrton
Mugnaini Jr. – contrabaixo e vocal
Rafael
Lima – percussão
(sim,
o nome “Gozi” é um trocadilho com G+Ozi, iniciais dos nomes do casal)
Além disso, gregário
e conjunteiro como sempre, continuo honrosamente ativo nestes outros
agrupamentos:
A5
EM PB
Banda
do Sarau do Circo, projeto do Centro de Memória do Circo
Jorge
Dersu – violão e vocal
Ayrton
Mugnaini Jr. – maestro, contrabaixo e vocal
Marquinhos
Gil – acordeão e vocal
Tetê
Purexempla – saxofone e vocal
Respeitável público, aqui está a banda A5 Em PB!
LOS
INTERESANTES HOMBRES SIN NOMBRE
Blues
e rock
Marcos
Mamuth – guitarra e vocal
Ayrton
Mugnaini Jr. – contrabaixo e vocal
Carlinhos
Machado – bateria, percussão e vocal
Bruce, Baker e Clapton: Los Interesantes Hombres Sin Nombre na Feira da Pompeia em dezembro de 2018
JANET
PHOENIX
Rock
and roll
Jany
Kat - vocal
João
Arjona Jr. – guitarra e vocal
Ayrton
Mugnaini Jr. – contrabaixo e vocal
Perê
– bateria e teclados
E ainda tem estas que hão de voltar aos estúdios e palcos:
TONQ (TOSQUEIRA OU
NÃO QUEIRA)
Wilson Rocha e Silva
– violão, cavaquinho, violino, guitarra, teclados e vocal
Rica Soares –
guitarra, violão e vocal
Sonekka – violão,
teclados e vocal
Ayrton Mugnaini Jr.
– contrabaixo, guitarra e vocal
Ricardo Moreira –
bateria, percussão, violão e vocal
e mais
Rosa Freitag –
guitarra e vocal
Mário Lúcio de
Freitas – vocal
TATO FISCHER & A
BANDA
Tato Fischer -
teclados e vocal-solo
Bráu Mendonça -
violão, guitarra e vocal
Ayrton Mugnaini Jr.
- contrabaixo e vocal
Bruno Sotil
- bateria, percussão e vocal
ARBANDA (banda do
projeto Arquivo do Rock Brasileiro)
Patricia
Toscano – vocal
Leonardo
Freund – guitarra e vocal
Marcelo
Agulha – guitarra e vocal
Ayrton Mugnaini Jr.
– contrabaixo e vocal
Laércio
Muniz – bateria
E
embora mais notório desde os anos 1990 como compositor, contrabaixista e
violonista, retomei em público minha porção percussionista (cheguei a lecionar
bateria nos anos 1980 – sim, quem sabe mais ensina para quem sabe menos) em
dois eventos do Centro de Memória do Circo: a passeata no Dia do Circo, em 26
de março, e a “palhaceata” no Dia Internacional do Palhaço, 10 de dezembro.
A
CONQUISTA DE ESPAÇOS
Já
famoso como “Homem-Sarau” de tanto participar em tais eventos, em 2018 incluí
em minha agenda o Sarau do Gattoni (produzido mensalmente pelo poeta Alberto
Gattoni na Galeria Olido), o Bodega (comandado todo mês por Cacá Lopes e Costa
Senna), o Sarau da Carauari (primeiros saraus produzidos na citada mercearia e
no Centro Cultural Jabaquara pela poetisa Silvia Maria Ribeiro, já famosa como emérita
batalhadora do Sarau da Maria) e as jam-sessions de blues no espaço Clandestino
(na Rua Augusta), além de shows e saraus na Funarte – primeira vez em que subi
a tal belo palco desde meu tempo de “micagens” (pessoas mais caridosas chamavam
aquilo de “trabalho como ator”) em shows do Língua nos anos 1980. E estes
saraus (produzidos por Alexandre Tarica, do Sarau Toca do Autor) na Funarte
foram os primeiros eventos deste tipo naquele palco. Uma amostra (que, por sinal, tem tudo a ver com minha pesquisa sobre música e circo) é a ainda inédita em discos "O Circo Chegou" do emérito caiubista AntonioGalba.
Pose de músico no show Minas Em Canto no Hotel Cambridge. Foto de Roberto Cândido.
Também toquei num evento de estética facial comandado pela parceira Vera Mendes e promovido pela academia de estética Jacques Janine, na região Leste de Sampa. Além disso, participei de shows e saraus em espaços novos para mim como o Santa Sêde (na região Norte), o Bar República
(perto do metrô Tatuapé), a mercearia Carauari (na Vila Maria), o Clandestino
(na região dos Jardins), o Al Janiah (bela amostra do melhor do Mundo Árabe no
Bixiga) e o belo espaço alternativo Cemitério de Automóveis, do grande Mário Bortolotto (com a banda Gozi). Tive também o prazer de presenciar e a honra de ser mencionado num evento em homenagem a Adoniran Barbosa em 25 de janeiro no Teatro Municipal, do qual fiz uma resenha aqui mesmo em meu blogue.
E este ano o Homem-Sarau deixou um pouco de ser “árvore”. Ultimamente não tenho viajado para muito além de Cotia ou Santo André, mas em 2018 toquei em Caxambu, Minas Gerais, num festival bão demais da conta com Tarica, e com a cantora Jeanne Darwich em Garça, no Noroeste paulista – minha primeira volta à região desde minha última visita a Lins, para mim cidade de grande importância, em 1987. Aqui vai uma amostra deste show, que foi parte da Virada Cultural Paulista de 2018.
E este ano o Homem-Sarau deixou um pouco de ser “árvore”. Ultimamente não tenho viajado para muito além de Cotia ou Santo André, mas em 2018 toquei em Caxambu, Minas Gerais, num festival bão demais da conta com Tarica, e com a cantora Jeanne Darwich em Garça, no Noroeste paulista – minha primeira volta à região desde minha última visita a Lins, para mim cidade de grande importância, em 1987. Aqui vai uma amostra deste show, que foi parte da Virada Cultural Paulista de 2018.
Com Rosa Rocha, Wilson Rocha e Silva (sem parentesco mas com irmandade musical) e o percussionista Sidney em São Miguel Paulista
E estive com meu filho Ivo no evento Anime Friends, bela tradição de todo ano, e na Bienal do Livro, idem de todo bimestre.
NOVAS PARCERIAS
Meu “Livro do ano” de pessoas com quem
comecei a fazer música em 2018, com os locais onde as conheci:
Carlos
Mahlungo – violão e vocal
Sarau
da Bodega
Cristina
Arantes – percussão
Saraus
do Gatoni e Bodega
Giordano
Bruno – percussão
Integrante
da Tutti Quanti (ver acima)
Jacinto
Kahwage – teclados
Banda
Em Canto Amazônico (ver acima)
Leandro
- percussão
Luiza Silva Oliveira - poeta, atriz e cantora
Luiz
Felipe Xavier – percussão
Sarau
Toca do Autor na Funarte
Luiz
Sandro – percussão
Maiethe
Barros – percussão
Toquei
com ela e a tecladista Cristina Costa num show na casa Brazileria. Detalhe: ela é
irmã do saudoso Little Piga (“al secolo” Luiz Fernando de Barros), contrabaixista
da lendária banda de rockabilly Coke-Luxe, cujos hits incluem “Não Beba, Papai,
Não Beba”. Eu soube do parentesco de Maithee e Piga na hora do show, e em
homenagem a ele cantei esta canção na íntegra pela primeira vez na vida – eu só
havia cantado esta canção antes uma vez, quando fiz vocais no único disco-solo
de Kid Vinil, de 1989 (e que em 2018 foi relançado em CD pelo selo
Discobertas).
Nêgo Blue – violão e vocal
Sarau da Bodega
Regina
Cell – vocal
Sarau
Toca do Autor
Rodrigo
Raposo – produtor e empresário
Trabalha
com a cantora Jeanne Darwich (além de ser, orgulhosamente, seu marido)
Rosângela
Silva – vocal e teclado
Sarau
Toca do Autor
Sandro
– percussão
Sarau
Toca do Autor
Tetê
Purexempla – saxofone e vocal
Integrante
da banda A5 Em PB, do Sarau do Circo (ver acima)
Vicki
Araújo – vocal
Deu
canja num show com a banda Gozi
Volt
Goulart – violão e vocal
Sarau
do Caiubi
Wagner
Assumpção – percusssão
Sarau
Toca do Autor na Funarte
Ygor
Saunier – bateria e percussão
Banda
Em Canto Amazônico (ver acima)
Foi
bom também tocar novamente com o compositor e violonista Cacá Lima e o porta e
compositor Costa Senna, no Sarau da Bodega, e o gaitista Fernando Naylor “Dr.
Feelgood”, nas jam-sessions do Clandestino. (Igualmente bom foi participar do
novo trabalho de Costa Senna, gravado no estúdio do grande Sapiranga e a sair
em 2019. Sim, foi a volta da dupla campeã de sucesso rápido, Ayrton & Senna.)
E
comecei a colocar em prática a parte de eventos da futuramente famosa firma
Produções Mugayr, realizando alguns shows coletivos ao lado de Cristina Costa,
Henrique Vitorino, Marcos Mamuth, Rosa Rocha e Wilson Rocha e Silva (sem
parentesco mas de união e amizade sólidas como o sobrenome).
QUE MARTHAVILHA!
Outro
belo detalhe deste ano: além de Homem-Sarau, voltei a ser homem sério graças a
Deus e à artista plástica Martha Maria Zimbarg, que no segundo semestre se tornou parceira de vida e de arte, e
inclusive me apresentou a saraus como o da Bodega e o do Gattoni e começou a cuidar, ao lado de meu filho Ivo, na parte visual de meus
discos nas já quase famosas Produções Mugayr. E eu e Martha fizemos uma boa
troca: ela compõe e toca um pouco de violão, e graças a seu incentivo tornei a
desenhar, mas com mais estudo e afinco do que quando eu era jovem; inclusive frequentámos
um curso de caricaturas do grande Toni d’Agostinho. Além disso, fiz a parte
musical numa sua vernissagem no recém-inaugurado espaço cultural paulistano
Cantinho do Brooklin.
Zimbarg e Mug no sarau da Cantina Piolin.
PRODUZINDO
É QUE A GENTE SE ESTENDE
Além
de começar a gravar novo disco previsto para março ou abril de 2019, participei
dos CDs Rosal do colega de Caiubi Cássio Figueiredo e Adoniran Mezzo A Mezzo do
cantor e compositor adoniranista Miguel Barone. Tivemos também nova edição do
livro 1973, O Ano Que Reinventou A MPB, do qual participei, e um depoimento meu
sobre Raul Seixas foi incluído em Jamais Me Revelarei, belo livro do raulseixista
Leonardo Mirio.
Com Juca Filho, Gerson Conrad, Tavito, Danilo Casaletti e Celio Albuquerque em evento da nova edição do livro 1973: O Ano Que Reinventou A MPB, na Livraria Martins Fontes.
Em pose "Krig-Ha Bandolo" com Leonardo Mirio após um Sarau do Gattoni na Galeria Olido.
De
tanto compor e participar em saraus, acabei lançando nestes algumas canções que
ainda nem lancei em discos (mas estarão no próximo ou em outros), como a marcha-rancho “Que Frio!”, o fox-blues “Fui PegoPela Loura do Banheiro” (para meu disco de 2019 e presentes nestes atalhos em pré-mixagens; notem as ilustrações de Martha Zimbarg), o maxixe “Oh Amohrr” e até uma canção em homenagem ao
circo baseada numa frase da grande Rachel de Queiroz, “Viva O Circo Que Se
Transforma”.
2018
foi também o ano em que fiz uma grande descoberta: a palavra “gata” é (ou
tornou-se) baixíssimo calão para designar (ao menos algumas) damas com quem não
se tem grande intimidade, mesmo com intenção meramente afetuosa ou jocosa.
Referi-me assim a duas amigas e a reação foi pior do que se eu lhes houvesse
xingado as respectivas mães; elas até deixaram de ser minhas amigas. Compus
então uma canção sobre o caso, "A Peleja Da Feminista Mau-Humorada Com O Galanteador", musicalmente inspirada na literatura de cordel que tenho
ouvido muito no Sarau da Bodega.
E
num dos primeiros shows da cantora Jeanne Darwich de que participei ela
mencionou ao microfone que sentia ter emagrecido a ponto de estarem caindo-lhe
as calças. Perto logo de quem ela precisava dizer isso? Ao terminar o show, eu
já havia composto o “Xote Da Calça”: “Agora eu vi/eu to sentindo/emagreci e a
minha calça tá caindo”. Jeanne adorou e tem incluído a canção em alguns
shows...
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