Monday, May 22, 2017
Embora mais lembrado como vocalista, radialista e DJ, Kid Vinil foi também jornalista, e dos melhores do rock brasileiro, com textos e resenhas publicados em órgãos como a Folha de S. Paulo, Folha da Tarde e Bizz (lembrando também seu belo Almanaque Do Rock, lançado pela Ediouro). E, como muita gente de sua geração, ele começou a aparecer devagarinho e na surdina, comendo pelas beiradas, em fanzines e publicações independentes. A mais antiga publicação que encontrei a mencionar Kid é de 40 anos atrás, exatamente março de 1977 - antes ainda de ele ser Kid Vinil.
Kid sempre agradeceu ao apoio de pessoas como Peninha Schmidt, Zé Rodrix e Tico Terpins. E quem também merece gratidão é René Ferri, que além de estudioso e jornalista de rock foi fundador e dono da Wop-Bop Discos, primeiro sebo de rock do Brasil, fundado em dezembro de 1975; René foi também editor do Boletim Wop-Bop, house-organ da loja e, até prova em contrário, primeiro fanzine brasileiro de rock, versão brasílica corajosa e até hoje útil de publicações como Who Put The Bomp e Trouser Press. Aqui está a capa do primeiro número.
Sem dúvida, foi nesta publicação que muita gente no Brasil ficou sabendo de artistas como os Yardbirds, Van Der Graaf Generator, UFO e Phil Spector e recebeu informação de qualidade sobre artistas mais notórios como os Monkees e Jefferson Airplane, para ficarmos só neste primeiro número. E no expediente podemos ver (espero que a nitidez da foto ajude) entre os colaboradores nosso amigo Antonio Carlos Senefonte, que marcou ainda mais presença em outros números do Boletim Wop-Bop.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home